Starlink de Musk Pode Estar Poluindo o Espaço e Pedem à FCC a Interrupção dos Lançamentos
- mundoemfoco102024
- 31 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de nov. de 2024
A Starlink, iniciativa de internet via satélite de Elon Musk, está gerando preocupações sobre seu impacto ambiental, à medida que continua a lançar milhares de satélites na órbita terrestre. Especialistas alertam que, sem uma revisão formal, as implicações dessa crescente rede permanecem desconhecidas.
O objetivo da Starlink é fornecer acesso à internet de alta velocidade globalmente, especialmente em áreas remotas. No entanto, a rapidez dos lançamentos comerciais sem a devida pesquisa ambiental fez com que um grupo de 100 pesquisadores solicitasse à Comissão Federal de Comunicações (FCC) a suspensão imediata desses lançamentos.

Na carta, os especialistas enfatizam a importância de uma análise ambiental antes de continuar com os lançamentos, afirmando: "Devemos pensar antes de agir." Embora os efeitos a longo prazo ainda não sejam claros, os pesquisadores destacam que o aumento no número de satélites resulta em mais emissões de gases e metais prejudiciais na atmosfera.
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Desde o primeiro lançamento da Starlink em maio de 2019, a FCC já autorizou quase 12.000 satélites, e os pesquisadores alertam que esse número pode chegar a 58.000 até 2030, com planos para criar megaconstelações de até 500.000 satélites. Eles pedem uma cooperação internacional para gerenciar o espaço orbital e o espectro de transmissão, enfatizando que os interesses comerciais não devem prevalecer sobre a segurança ambiental.

Um estudo de 2021 na revista Nature apontou que os detritos de satélites não rastreados podem causar colisões em órbita, um risco crescente com o aumento do número de satélites. Embora a Starlink afirme que seus satélites se desintegram na reentrada na atmosfera após aproximadamente cinco anos, os pesquisadores argumentam que não há supervisão suficiente para confirmar o que realmente acontece com os resíduos resultantes.
Sierra Solter-Hunt, física e candidata a doutorado, alerta sobre os riscos de "partículas condutoras" deixadas por satélites queimados, que podem impactar o campo magnético da Terra. As preocupações sobre a poluição espacial e seus efeitos no meio ambiente estão se tornando um tema cada vez mais urgente no debate sobre a expansão das tecnologias de satélites.
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